Lagar d'el Rei, em Alfândega da Fé, será reconvertido num espaço dedicado à gastronomia e produtos locais
Ter, 22/01/2019 - 09:12
A
autarquia de Alfândega da Fé já tem em sua posse o Lagar D'el Rei,
depois de vários anos de negociações, tanto pelo executivo de Berta
Nunes, quanto pelos anteriores
Este
imóvel, situado no centro da vila e em avançado estado de degradação,
com interesse patrimonial, já que pertenceu à família dos Távoras, será
agora recuperado, segundo explica o vice-presidente da autarquia,
Eduardo Tavares. “Tem havido negociações neste últimos ano e o valor foi
baixando por causa da degradação do edifício. Há cerca de uma no
chegámos a um acordo final. O edifício é bastante grande, apesar da
cobertura bastante danificada, os seus cunhais e paredes estão ainda em
bom estado. A ideia é reconstrui-las mas mantendo a traça original do
edifício e recuperar o que for possível, dignificando o lagar que tem lá
dentro”.
A câmara municipal já assinou a escritura do
edifício depois de ter chegado a acordo com o antigo proprietário. O
vice-presidente adianta ainda que o imóvel será transformado num espaço
museológico mas preservará a memória histórica já que ainda se conservam
os antigos engenhos de produção de azeite. “Era uma aquisição já
ambicionada, não só pelo nosso executivo como por executivos anteriores.
É um edifício que está, efectivamente, na nossa sede de concelho, tem
uma história, três séculos. É um edifício icónico que queremos
reabilitar e trabalhar áreas que tê a ver com os produtos locais e a
gastronomia. Vai ser multiusos, polivalente, para tratar estas áreas”.
A requalificação do edifício será, ainda,
candidatada ao Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos,
conhecido como PROVERE, num investimento de mais de 600 mil euros. “´É
uma candidatura que estamos a fazer em parceria com os outros municípios
da Terra Quente Transmontana e está a ser liderada pela DESTEQUE
(Associação de Desenvolvimento da Terra Quente Transmontana) e, como
todos os concelhos têm uma porta de entrada, no caso de Alfândega da Fé
vai ser este o edificio que estará identificado como a porta de entrada
da Terra Quente”.
Este edifício foi gerido pelos marqueses de Távora
e, durante o antigo regime, era onde se recolhia a azeitona produzida
nos olivais do concelho que fossem direito do Rei.
Escrito por Brigantia
Jornalista:
Carina Alves
Sem comentários:
Enviar um comentário